Alice Cooper nunca gostou de misturar rock e questões políticas, um posicionamento que não mudou nos últimos anos, conforme reiterou quando questionado sobre a amizade com Ted Nugent, manchete frequente por falas negacionistas, em recente entrevista.

“Ted e eu crescemos juntos em Detroit, e ele sempre rugiu [com o que fala]. Quando ele começa, ninguém pode ficar com ele. Eu meio que o vejo como sua própria entidade”, disse ao Creative Loafing Tampa Bay (via Blabbermouth). 

Crítico do conceito de “politicamente correto”, Alice Cooper explicou o motivo de manter as visões acerca do assunto privadas. “Eu nunca falo de política… Eu odeio política. Eu não acho que rock and roll e política devem estar juntos na mesma cama, mas muitas pessoas pensam que sim – porque nós temos uma voz, e nós devemos usar nossa voz”, continuou. “Mas, novamente, o rock and roll deve ser antipolítico, eu acho”. 

Segundo o rockstar, a vontade de fugir desse assunto vem desde a juventude, quando ligava o som no último volume com as músicas dos Rolling Stones quando os pais falavam do tema, por isso entende o rock como uma forma de entretenimento. 

“Eu não quero ouvir política, e ainda me sinto assim. Minha música e meu programa são projetados para lhe dar férias da CNN, você entende o que quero dizer? Não estou pregando nada lá, não estou batendo em ninguém”. 

Sobre a faixa “Elected”, do álbum Billion Dollar Babies (1973), Cooper explicou que se trata de fazer uma piada com ambos os lados. “Eu nunca vou lá e digo em quem votar”, concluiu. 

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