Confira mais um texto escrito por um de nossos WikiBrothers:

Minha namorada já sabe que headbangers são pessoas legais. Mas ver que o pessoal se ajuda até mesmo no meio de uma roda, mostrou à ela que eu não sou uma exceção à regra.”

Por Mauricio Oliveira

“Isso é normal?” pergunta minha namorada quando vê a primeira rodinha no show. “É sim, e essa tá bem tranquila.” Depois de alguns segundos, alguém cai no chão no meio da roda e o pessoal já se mobiliza e quase instantaneamente nosso companheiro está em pé novamente, e voltando para a roda. Nova surpresa com o ato: “O pessoal sempre ajuda assim? Que legal!”

Pode parecer pouco pra quem já está acostumado com essas coisas, mas pra quem não é do nosso mundo, essa surpresa positiva é uma quebra de preconceitos gigante. Claro que nesse caso minha namorada já me conhece há tempo suficiente para saber que headbangers são pessoas legais, mas ver com os próprios olhos que até no meio de uma rodinha o pessoal se ajuda mostrou que não sou uma exceção à regra.

Headbangers são legais, só alguns que fazem cara de mau.

Todos temos uma ligação forte com o Metal e somos uma família.”

Era um show cover de Iron Maiden (uma das bandas que ela já aprendeu a gostar, a evangelização no Metal é um trabalho longo e contínuo), e dos bons: Live after Death na íntegra executado por uma banda excelente. Foi a combinação perfeita de qualidade de som com setlist de clássicos que ela conhecia, ideal para uma boa impressão no primeiro show de metal.

E deu certo, ela gostou do show e achou legal o ambiente. Nem achou estranho o pessoal headbangeando, fazendo coro e cantando junto a cada clássico tocado. Até ficou chateada por não ter rolado Fear of the Dark que o pessoal pediu no fim do show, talvez seja a música do Iron que mais permite participação do público com seu mais que consagrado coro de  ôôôô.

Mas o que eu mais gostei de ter mostrado nesse primeiro show dela foi o que a gente já sabe há muito tempo: todos temos uma ligação forte com o Metal e somos uma família, estamos ali curtindo a música de verdade e ainda nos preocupamos com a segurança nas rodinhas. É diversão com respeito, como já disse o Giba em seu texto “Good Friendly, Violent Fun”.

“Que legal, aqui tá sobrando espaço... Opa!”

Só não é tão simples manter a segurança total quando o bicho pega numa rodinha do Slayer ou Wall of Death do Exodus…
 

*Este texto foi elaborado por um Wikimate e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.

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