O Greta Van Fleet se apresentou na noite de domingo

Sempre que se fala do Greta Van Fleet, a comparação com o Led Zeppelin surge. Não só o vocalista Josh Kiszka tem os vocais muito parecidos com o de Robert Plant, mas a banda incorpora todos os trejeitos e “filosofias” meio hippies do Zeppelin.

O Greta teve a oportunidade de mostrar que é mais do que as comparações dizem, de que tem personalidade. Uma legião de fãs aguardou o grupo desde o começo do dia com camisetas do Greta e do, vejam só, Led Zeppelin. Fica bem claro que o fã da nova banda é mais velho e menos acostumado com o rock contemporâneo.

É bonito o clima que o público criou ao aguardar o grupo ansiosamente, mesmo que esse ainda tenha pouco tempo de carreira. Quando os Kiszka e o baterista Danny Wagner subiram ao palco, foram recebidos com muitos gritos e aplausos. É um pouco da mística que eles passaram a carregar, uma vez que todos ficam curiosos para ver se a banda é tudo isso mesmo.

A apresentação, que começou com “The Cold Wind” e “Safari Song”, teve problemas de mixagem no início. Todos os instrumentos e o vocal são muito agudos, o que dificultou a audição clara desses elementos. As coisas foram se arrumando já em “Black Smoke Rising”.

A qualidade musical da banda é inegável. Principalmente a do já citado Josh e do guitarrista Jake e do baterista Danny. Os dois últimos fazem solos longuíssimos que arrancam aplausos da plateia. Mesmo assim, é difícil dizer que o Greta tem personalidade. O esoterismo e a vibe anos 60 é forçada demais, uma vez que fica claro que a banda só faz isso pela teatralidade. Falta, também, carisma aos integrantes

Em músicas como “You’re The One”, alguma faísca de originalidade aparece. Basta que a imitação fique pra trás e que esses elementos se tornem mais presentes. Isso decidirá se o Greta Van Fleet será tão grande quanto as banda que tanto emula.

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