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Mas ali, naquele momento, frente a frente, em que você se concentra pra apreciar os quatro músicos, James, Lars, Kirk e Robert, é que explode nas veias, cabeça e pescoço a adrenalina pulsante, vibrante, densa e espiritualmente completa em todos os sentidos, do que é se sentir parte de um todo e orgulhoso de ser um headbanger, antigo ou novo.”

Por Allan Lima

O Metallica antigo faz muita falta. Mas eles voltaram a sentir prazer pelo que fazem e, se não tivéssemos mais o Metallica – se ele tivesse acabado naquele acidente trágico da turnê do Master Of Puppets que culminou na morte do baixista Cliff Burton, por exemplo – seria muito pior.

Não iremos discorrer estas breves razões sobre a carreira “pós Master” ou Mesmo pós-Black Album, mas sim sobre sua importância: O Metallica, por toda sua história, merece ser visto sim ao vivo, e como tal, deve estar sujeito às adversidades e evoluções do tempo, desde as mudanças de direcionamento musical à própria tecnologia, a era dos downloads ilegais que os diga…porém mesmo estando a par destas e outras diversas fatalidades, verdades ou não, a banda se mantém incólume, imponente, como tem sido na maioria dos seus shows, verdadeiramente mestre nas manipulações (com perdão do trocadilho) das massas de fãs, novos ou antigos, que saem de um show deles devidamente extasiados e pensando: “todos esses anos em dúvida, me questionando se valeria a pena ou não, e esses caras não me decepcionaram ao vivo…por que não os vi antes ???”. Por quê ???

Vamos aos 6 motivos, mas principalmente porque é ao vivo que a banda faz o que sabe fazer de melhor: Entreter e fazer o mais ínfimo dos céticos descobrir que no palco, trata-se de uma experiência única. São eles:

• Setlist muito bem elaborado: para uma banda com uma carreira extensa, claro que fica difícil agradar a todos, mas o Metallica sempre os reformula, e quase sempre, principalmente nos últimos shows, tem conseguido entoar grandes clássicos mesclando com músicas de todos os discos e “fases” (grafado aqui propositalmente, pois algum leitor pode não considerar fase, e sim algo pior… ou melhor!);
• Produção do show: o show se desenrola como um roteiro de cinema, os solos, os playbacks que antecedem músicas, fogos… Isto tudo o Metallica foi precursor nos anos 80, e atualmente o faz muito bem;
• Performance dos músicos: todos, sem exceção, tocam para o público, e se algo der errado, ele tocam de novo…isso aconteceu com James Hetfield na música “Fade to Black” no Rock’n’Rio 2011, por exemplo. Profissionalismo e respeito, que os tornam realmente gigantes;

• A localização do Metallica no cenário da música mundial como um todo: a banda sempre percebeu sua grandiosidade e a uniu a um contexto de exposição devidamente trabalhado, alcançando todas as mídias, principalmente na época de lançamento de álbuns, mesmo demorados entre si, ou de anúncios de turnês;
• Dedicação aos fãs, os quais chama de “família”: é, alguns se sentiram “traídos”, pode-se dizer, com algumas músicas ou mesmo álbuns inteiros, mas ninguém pode negar que o Metallica sempre respeitou seus fãs como uma banda que por décadas foi referência no cenário mundial do entretenimento, da música, e sempre lembrou deles em seus grandes shows, interagindo, dando o seu melhor e tirando do seu público o seu melhor também, em termos de emoção;
• Justamente essa, a emoção: ver o Metallica ao vivo é uma experiência que lhe traz recordações do início de uma geração, de quando se ouviu rock ou heavy metal, da nostalgia dos anos em que eles reinavam soberanos, e da expectativa de aonde eles podem chegar. Mas ali, naquele momento, frente a frente, em que você se concentra pra apreciar os quatro músicos, James, Lars, Kirk e Robert, é que explode nas veias, cabeça e pescoço a adrenalina pulsante, vibrante, densa e espiritualmente completa em todos os sentidos, do que é se sentir parte de um todo, e orgulhoso de ser um headbanger, antigo ou novo. Você realmente não precisa de mais nada.

*Este texto foi elaborado por um Wikimate e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.

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