Texto escrito pelo WikiBrother Gabriel Brandino, do @moshinhell

Type O Negative foi uma das maiores bandas de gothic metal da história, e seu vocalista, Peter Steele, provavelmente o maior vocalista desse estilo de todos os tempos.

Com um alcance de baixo barítono, os vocais de Steele eram inconfundíveis, e maravilhosos.

E é sobre um dos grandes clássicos da banda que irei falar hoje, “Black No. 1 (Little Miss Scare-All)”.

Antes de tudo, vale lembrar que, por mais que a banda fosse de gothic/doom metal, que são estilos marcados por composições tristes e melancólicas. Peter Steele sempre foi um sujeito sarcástico e que adorava o humor ácido, deixando isso claro em praticamente todas suas letras, “Black No. 1” não é diferente disso.

Na época em que escreveu a canção, Steele além de ser vocalista da banda, trabalhava como motorista de caminhão de lixo.

Ele disse numa entrevista que estava esperando por horas para despejar dejetos humanos na Estação de Transferência Marítima no Brooklyn, e começou a “escrever” toda a música em sua cabeça.

A letra detalha sarcasticamente um relacionamento que Steele teve uma vez com uma garota narcisista, e ao qual o fez sofrer por um tempo.

Tanto que a canção começa da seguinte maneira.

“Eu saí procurando por confusão e, rapaz, eu a encontrei…
Ela está apaixonada por si mesma.”

Steele utiliza diversas referências irônicas na música, principalmente falando sobre o Halloween e também citando Nosferatu.

Além disso, ele a compara com Lily Munster, que é uma personagem fictícia de um antigo seriado americano chamado The Munsters, ao qual ela interpreta uma vampira com um temperamento explosivo e que se zanga com frequência.

“Ela tem um encontro à meia noite
Com Nosferatu
Ó, querida, Lilly Monster
Nem chega perto de você”

O título da canção “Black No. 1”, vem do número referente ao tom de tintura de cabelo, dando a entender que essa garota supostamente, tinha os cabelos escuros.

No meio da canção tem uma parte no teclado totalmente nostálgica, e com um toque de Família Addams.

E ela termina da seguinte maneira.

“Amar você […]
Foi como amar os mortos.”

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