Após dois anos de preparação, a Cidade do Rock abre oficialmente suas portas para ser a casa de mais de 750 atrações ao longo dos sete dias de evento. Conhecido como o Dia do Metal, o terceiro dia de evento levou ao Parque Olímpico do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, aquela já conhecida multidão vestida de preto, com looks descolados e toda atitude rock’n’roll.
Presente nas duas últimas edições do Rock in Rio, em 2019 e 2022, o Palco Supernova celebra as bandas nacionais do cenário underground, e no Dia do Metal recebeu apresentações dignas de um Palco Mundo. Foram quatro apresentações de bandas consagradas e em ascensão do rock e metal nacional.
Começando os trabalhos, The Mönic convida Eskröta, bandas compostas majoritariamente por mulheres e que buscam conquistar esse público, dando mais evidência para o mulher no rock, a atração mais esperada do Rock in Rio 2024 pelos leitores do Wikimetal. A apresentação foi calorosa, logo cedo, reunindo muitas pessoas que agitaram com mosh e os fãs de longa data que cantaram todas as músicas. Vale lembrar que a duas bandas também vão se apresentar em outro grandes festival, o Knotfest Brasil.
Poucas horas depois, a banda revelação do metal nacional subiu no palco para agitar mais ainda o público. Black Pantera se apresenta pela segunda vez no palco do Rock in Rio levando sua mistura de metal, punk e hardcore com letras letras antirracistas. O grupo mineiro se consagra mais uma vez como uma das melhores apresentações do festival, exalando energia e fazendo o público experimentar o que é um verdadeiro show de rock’n’roll.
Durante o dia outras bandas nacionais apresentaram shows maravilhosos, como os Paralamas do Sucesso no Palco Mundo e Barão Vermelho no Palco Sunset, levando seus clássicos e fazendo o público veterano cair em nostalgia. Outro show aguardado foi o do Planet Hemp convida Pitty, no Palco Sunset, que fez todo mundo cantar e se tornou outro destaque do dia.
Voltando ao Palco Supernova, a já consagrada banda Crypta provou mais uma vez o poder do death metal nacional, mostrando que o estilo leva uma legião de fãs ao festival – como se via em uma cartaz: “Crypta é minha religião”. Começado a noite no Rock in Rio, o quarteto mostra mais uma vez sua apresentação pesada, com um grande público reunido, apesar do show do Planet Hemp acontecendo simultaneamente. As pessoas que passavam por ali paravam para conferir o show performático e que além do peso, carrega uma forte mensagem. Muitos ali viam a Crypta pela primeira vez e se surpreenderam.
Fechando as apresentações do palco Supernova, os veteranos do Dead Fish entregaram energia e peso que já conhecemos. Apesar de muitos problemas técnicos durante os shows, o Palco Supernova foi criando para dar espaço para o som mais pesado, e principalmente, revelar bandas mais undergrounds do Brasil, e cumpriu com maestria sua proposta. Para a próxima edição, que tragam novos nomes que também merecem destaque no cenário.
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