Texto escrito pelo WikiBrother Paulo Dat para a coluna Scream For Me, WikiBrother
Não é de hoje que o rock e o metal não são os gêneros mais tocados nas rádios brasileiras. Mesmo assim, estes estilos continuam bem vivos e vêm se transformando a cada momento. Mas o que mudou afinal? Este é o paradoxo que o metal, por exemplo, vive e que ainda pode não estar tão perceptível para algumas pessoas.
Neste novo momento, é inevitável que algumas bandas busquem influências dos estilos clássicos, mas a constante busca por algo diferente faz com que se torne difícil rotular uma música por um gênero específico.
Trazendo alguns exemplos práticos, o álbum Vera Cruz de Edu Falaschi, lançado no ano passado, possui tantas riquezas de música brasileira, sinfônica e de outros subgêneros do metal, que fica até difícil rotular o seu álbum apenas como power metal.
Outro álbum curioso também lançado em 2021, intitulado de The Outside, do projeto pdat84, traz elementos espaciais mesclado com post-metal, sem perder a autenticidade, em uma viagem instrumental.
Essas descobertas só comprovam que o metal está mais vivo do que nunca e que, se já está começando a ficar difícil rotular as novas bandas que surgem hoje em dia, imagine nos próximos anos.
Por outro lado, temos o paradoxo das novas bandas que optaram por reviver os estilos marcantes do passado, e que dividem opiniões, como o Greta Van Fleet, que apresenta um belo hard rock inspirado nos anos 70, e frequentemente chega a ser comparada com o Led Zeppelin. Esta, inclusive, é um excelente exemplo de um paradoxo temporal pois, apesar do seu som ser inspirado em um estilo de época, o público muitas vezes se divide em ouvir apenas as tradicionais bandas de classic rock e, de outro lado, os que estão mais abertos em conhecer algo novo, mesmo quando a banda se propõe a apresentar uma sonoridade das antigas.
Acredito que uma coisa todos concordarão: os fãs do rock e do heavy metal são muito plurais. Tiro como conclusão que o importante é não se prender tanto a rótulos, não se fechar tanto no passado e, principalmente, saber desfrutar as boas descobertas.
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