Na noite desta sexta-feira, 02, o Gojira fez sua segunda participação no Rock In Rio. A banda se apresentou no Palco Mundo às 19h25 no Dia do Metal e trouxe peso extra para a multidão que se juntou ao longo do dia.
Em um ano em que muito questionamos a repetitividade de atrações no Rock In Rio e as mudanças necessárias para a permanência do metal no festival, o Gojira é como um respiro de ar fresco. Ou um furacão.
Trazendo peso, velocidade e técnica para o palco, a banda francesa une subgêneros que vão desde o death até o groove metal, passando também por um pouco de thrash, e entregando uma setlist frenética de tirar o fôlego. É impossível ficar parado ou não se deixar arrebatar pela excelência do Gojira.
Trazendo muita energia para o palco mesclada com a consciência humanitária característica da banda, o Gojira prova que o metal ainda tem capacidade de encantar audiências para além da bolha dos headbangers e literalmente unir tribos. Durante a performance da última faixa, “Amazonia”, o vocalista Joe Duplantier chamou ao palco duas mulheres da comunidade indígena brasileira, a mais afetada pelo desmatamento desenfreado, as queimadas e o garimpo na Floresta Amazônica.
Ao fim de sua performance explosiva de uma hora, o Gojira ressalta o poder unificador do metal enquanto gênero consciente e contestador, seguindo os passos de outras bandas desafiadoras e revolucionárias como o Black Pantera e Living Colour, que também se apresentaram no Dia do Metal.
Apesar da dificuldade em vender ingressos, o público headbanger não decepcionou ao lotar o Palco Mundo e o Gojira provou que o metal ainda tem muita vida para oferecer para aqueles que estiverem dispostos a ouví-lo.
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