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Faltavam poucos instantes, os holofotes miraram no público, 30 mil pessoas esperando por ele, só por ele, e enfim… ARE YOU READY?”

por Aline Rizzato

Seis meses de espera, oito horas de viagem, quatro horas em pé esperando aquele momento e… pronto! O relógio do dia 10 de setembro de 2011, finalmente bateu às 21h. O sinal de um roadie para erguer a bandeira foi dado e enquanto ela subia, meu coração acelerava mais a cada milésimo de segundo. As luzes iam se apagando lentamente, o abdômen já estava colado na grade da Arena Anhembi, minhas mãos tremiam tanto, que os dedos não conseguiam apertar o botão on da câmera fotográfica.

De repente um som alto, grave, muito grave, como um nervoso vulcão, Reb Bitch entra correndo no lado esquerdo do palco com os braços erguidos, depois, o amigo de Ronnie James Dio, Doug Aldrich, e juntos Michael Devin no baixo e Brian Tichy atrás, fez o coração disparar ainda mais com a batida rápida dos bumbos. Faltavam poucos instantes, os holofotes miraram no público, 30 mil pessoas esperando por ele, só por ele, e enfim… ARE YOU READY??? – ele gritou. Eles estavam no meu país, à minha frente, três metros de mim.

Não pude conter as lágrimas, e ao som de Best Years, eu chorava, cantava e gritava junto com eles, visceralmente. Ao longo do show, fui aproveitando cada momento, e lembrando a última vez que eu os vi – Curitiba, 10 de maio de 2008. A potência de oito amplificadores valvulados era ainda mais intensa, a voz e a performance de David, no auge da sua 6ª década de existência, simplesmente fantástica! O mesmo sex appeal, a mesma sedução contagiante de quando comandava o grupo que botou fogo no céu de Monteoux, há mais de 30 anos (O cosmos conspirando a meu favor, acabei de sintonizar na Kiss FM e neste exato momento toca Guilty of Love, deles, claro!).

Bom, entre clássicos dos anos 80 e lançamentos, o público delirava ao som de Is This Love, Love Ain’t No Stranger e também as novas Forevermore e Good To Be Bad. O show estava chegando ao fim, e surpreendendo mais uma vez, o front man começou “à capela” Soldier of Fortune, que me emociona e me arrepia toda vez que a ouço. Feeling total, lindo… tudo lindo, maravilhoso, extraordinário, mas como tudo que é bom dura pouco, no show da banda da minha vida não seria diferente, com a bandeira do Brasil enrolada no pescoço, Mr. “Dale” e sua trupe se despediram da Arena Anhembi.

Foi uma hora e meia de emoção pura, um sentimento que palavras não conseguem descrever. Eu, olhando e não acreditando que eram eles, os próprios, cantando as músicas que eu ouço todos os dias, ali… na minha frente. Acenei, mandei meu último beijo e a fantasia acabou com um forte abraço, ao som de We Wish You Well. Obrigada David Coverdale, muito obrigada Whitesnake!

*Este texto foi elaborado por um Wikimate e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.

Categorias: Opinião

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