Finalmente chegou o dia do festival mais aguardado de toda uma geração. I Wanna Be Tour aconteceu no último sábado, 30 de agosto, no Allianz Parque, em São Paulo. Depois de ocupar o Estádio Couto Pereira em Curitiba, chegou a vez da cidade de São Paulo sentir a energia de um público que viveu intensamente os anos 2000 e toda a fase emo.
Os fãs chegaram cedo para aproveitar o dia todo dedicado ao estilo, e já no primeiro show, já era possível ver a legião de roupa preta, estampa quadriculada ou xadrez e forte maquiagem. Dividido em dois palcos, It’s a Lifestyle Stage e It’s Not a Phase Stage, o evento começou com a banda brasileira Fake Number, que teve seu auge nos anos 2000, embora não tenha ganhado os holofotes como algumas da época. O show foi curto mas energético.
I Wanna Be Tour começa entregando tudo o que prometeu
Em seguida, a conhecida Gloria entregou seu show caloroso, agressivo e cheio de hits que fizeram o público cantar. E para o delírio dos fãs, o vocalista Lucas Silveira, do Fresno subiu ao palco para o dueto na famosa canção “Horizontes”, lançada em 2012, em parceria com Glória e Lucas.
O pop punk dos galeses Neck Deep entraram logo depois. Apesar de apresentar um som simples e não ser uma das bandas aclamadas no auge da era emo, eles entregaram um show digno. Os americanos do Story Of The Year chegaram com a energia do pop punk mais pesado, com direito a bate cabeça, saltos, e riffs pesados, fazendo valer a espera de 10 anos desde a última apresentação no Brasil.
Dois anos desde a última vinda, The Maine voltou para 29º show no Brasil. A banda ofereceu um show intenso como todas as vezes, mostrando que a frequência não fez, nem a banda e nem os fãs enjoarem. O vocalista John O’Callaghan interagiu com o público durante todo o show – até chamando um fã sortudo para subir ao palco -, e provou porque a banda já veio tantas vezes ao país.
Dead Fish dispensa apresentações. A banda mais pesada do festival entregou a clássica performance intensa, com a reconhecida conexão com o público e as mensagens políticas pertinentes. Rodrigo é um forte frontman, agitando o público e nitidamente curtindo junto.
The Veronicas, uma das atrações mais aguardadas, fez sua estreia no Brasil. O duo australiano formado pelas irmãs gêmeas Lisa e Jessica Origliasso, tocou pela segunda vez em São Paulo – a banda se apresentou no side show na noite da última terça-feira, 26, no Cine Joia. Um show que mostra a sinergia das irmãs, em uma apresentação performática, onde cantam e dançam, com canções alto astral e emocionando os fãs que aguardaram todo esse tempo para ver sua apresentação. Um destaque foi a apresentação do cover de “Love Is a Battlefield”, de Pat Benatar.
Bandas brasileiras ovacionadas
Um das bandas mais aclamadas nos anos 2000 na cena do rock nacional entregou uma verdadeira nostalgia. Após quase uma década de hiato, Forfun proporcionou uma celebração emocionante, como tem sido na turnê de reencontro, com shows lotados e um público eufórico que participou ativamente.
Outra banda que não poderia ficar de fora dessa celebração é o Fresno. Em um show que destaca a longevidade da banda, mesmo após anos do seu auge, o trio se conectou com o público de uma maneira única, fazendo um estádio inteiro cantar – o vocalista Lucas estava nitidamente emocionado em ver essa energia. Os fãs cantam todas as letras, emocionados, desde a icônica “Quebre as Correntes”, até a mais recente “Eu Nunca Fui Embora”, provando que o Fresno vai além do que apenas aquela banda dos anos 2000, o show deles foi um dos mais celebrados, e é muito bom ver uma banda brasileira sendo ovacionada – mais ate que os gringos.
Começando a anoitecer no Allianz Parque, e o estádio ficando lotado, vai chegando o momento das bandas mais esperadas. Como o retorno triunfal do Yellowcard após 13 anos do último show no Brasil – a banda também se apresentou na noite anterior, 29, com side show no Tokio Marine Hall. A banda americana mostrou que está de energia renovada, apresentando um setlist que mistura os clássicos de toda a carreira as e novidades do novo disco Better Days, que será lançado dia 10 de outubro. , A apresentação reafirma o Yellowcard como um dos nomes mais queridos do rock alternativo, conquistando o público com sua sonoridade pop punk característica e a presença marcante do violino do vocalista Sean Mackin.
Os tão aguardados Headliners
Chegou a hora de um dos nomes mais aguardados da noite: Good Charlotte e seu retornou ao Brasil após duas décadas. Uma das bandas da cena emo com maior apelo visual e som pesado, retornou e cumpriu o prometido, um show caloroso, cheio de hits e toda a nostalgia juvenil. Para a própria banda, este foi o “melhor show da carreira”. Mesclando entre os hits aclamados como “Hold On” e “ I Just Wanna Live” com as faixas do recém lançado álbum Motel Du Cap, a banda liderada pelos gêmeos Joel e Benji Madden, fez o público lavar a alma.
Fechando a noite para um público que aguentou um dia todo, mas ainda tinha guardado energia para eles, o Fall Out Boy chegou com um palco que literalmente pega fogo. A banda mantém uma forte interação com a plateia, que cantou praticamente todas as faixas. O setlist não deixou faltar os clássicos, mas também teve as canções mais novas – que apesar de se aproximarem mais do pop, conseguiram animar os fãs. Antes que comentem o desânimo do baixista Pete Wentz ao se movimentar com lentidão, ele está assim devido a problemas nas costas. Enquanto o vocalista Patrick Stump continua com sua voz impecável e o baterista Andy Hurley segue em forma cheio de energia.
O festival entregou tudo o que se propôs a fazer, dando aos fãs um momento para criarem momentos históricos e memoráveis. O público aproveitou um dia todo de shows, de praticamente 12 horas, com muito empenho e energia em cada performance.
Com fãs emocionados que se sentem transportados para a adolescência durante as apresentações, I Wanna Be Tour se consolida como um dos festivais emo e pop punk mais importantes da cena no Brasil e crava seu nome no calendário anual de shows nacionais.
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