Deezer, serviço francês de streaming musical, revelou em relatório atualizado que recebe diariamente cerca de 30 mil músicas geradas por Inteligência Artificial (IA) na plataforma. Isso equivale a 28% de faixas recebidas por dia. O número representa um aumento expressivo em relação aos meses de janeiro e abril, cujos índices correspondiam a 10% e 18%, respectivamente.
Para frear o aumento, o serviço passou a utilizar, a partir de junho, uma ferramenta que detecta conteúdo gerado por IA, criado por sites como Suno e Udio, por exemplo. Com a detecção, o usuário consegue identificar por meio de etiquetas, se a música ou o álbum que está ouvindo naquele momento teve sua criação com o uso da tecnologia, segundo relatório publicado pela companhia.
De acordo com Alexis Lanternier, CEO da empresa, a medida visa proteger o mercado musical. “Dessa forma, garantimos o mínimo impacto no pool de royalties”, afirmou [transcrição via NME]. “Ao mesmo tempo em que proporcionamos uma experiência transparente ao usuário. E, o mais importante, continuamos combatendo atividades fraudulentas, que são o principal fator por trás do carregamento de conteúdo totalmente gerado por IA”.
Deezer não é o único serviço de streaming que combate músicas feitas por IA
Uma matéria feita pelo portal 404 Media em julho, revelou que músicas geradas pela tecnologia passaram a ser carregadas nos perfis de músicos mortos no Spotify. A descoberta aconteceu após um artista country Blaze Foley ter lançado o single “Together”. Foley faleceu em 1989, aos 40 anos de idade, após ter sido baleado no peito.
Na época, Craig McDonald, responsável pelo gerenciamento do perfil do cantor disse: “Claramente essa música não é o estilo do Blaze, nem de longe”. McDonald afirmou que “uma espécie de robô” de IA havia feito aquilo. A música teve sua remoção efetuada, uma vez que violou a “política de conteúdo enganoso” da empresa sueca.
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