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Anette Olzon. Crédito: Reprodução/Facebook

Anette Olzon. Crédito: Reprodução/Facebook

Em noite nostágica, Anette Olzon revive sua era no Nightwish em São Paulo

Marcada pelo carisma da cantora sueca, apresentação aconteceu na Vip Station no último sábado, 27

Anette Olzon, vocalista sueca que integrou o Nightwish entre 2007 e 2012, retornou aos palcos brasileiros de forma triunfal nesta apresentação inédita após sua saída da banda. Realizado na Vip Station, em São Paulo, o show faz parte da turnê brasileira que marcou a primeira vez que a cantora se apresentou como artista solo, focando exclusivamente no repertório que gravou nos álbuns Dark Passion Play (2007) e Imaginaerum (2011).

Com um setlist cuidadosamente selecionado, Anette demonstrou não apenas seu talento vocal inabalável, mas também o carisma que encantou os presentes. Para o público, composto majoritariamente por fãs do Nightwish, essa foi a oportunidade de reviver ao vivo uma fase que dividiu opiniões, mas que deixou músicas inesquecíveis no repertório do metal sinfônico. A noite contou ainda com a abertura dos brasileiros do Magistry.

Diretamente de Curitiba, o Magistry subiu ao palco da Vip Station para aquecer a noite. Formada por Lya Seffrin (vocal), Leo Arentz (vocal e guitarra), João Borth (guitarra), Thiago Parpineli (teclado), Leo Rivabem (baixo) e Johan Wodzynski (bateria), a banda apresentou seu som orquestrado que mistura vocais líricos e guturais em meio a peso e boas melodias. No setlist, tocaram músicas como “Swing to the Circles of Time”, “Alchemy of the Inner World” e “Black Abyss”, do álbum The New Aeon (2025), além de faixas do EP Venus Mellifera, recém-lançado, como “Divine” e “Me, the Moon and Venus”, que tiveram ótima recepção do público que ainda chegava à casa. Para encerrar, executaram “Lost Paradise”, demonstrando mais uma vez a competência dos curitibanos em suas composições. Grata surpresa!

Anette Olzon é ovacionada diversas vezes

Com pequeno atraso, enfim era hora de rever a cantora sueca Anette Olzon. A abertura com “7 Days to the Wolves” foi certeira: poderosa, dramática e com a atmosfera épica que mistura peso e melodia em perfeita medida. Logo depois, a energia explodiu com “Storytime” e “Ghost River”, músicas que mostraram como Anette ainda domina o espírito das composições com confiança e consegue imprimir seu carisma em canções que já se tornaram clássicos. O público respondeu à altura, cantando em uníssono e transformando o espaço em um verdadeiro coral.

“Bye Bye Beautiful” e “Amaranth” soaram como hinos, ainda mais com a banda de apoio formada por Sanzio Rocha (guitarra), Filipe Duarte (baixo), Vithor Moraes (teclado) e Kiko Lopes (bateria), que soube representar bem o som grandioso do Nightwish, entregando arranjos impecáveis. Anette estava feliz, dançava e interagia com o público, incentivando sua participação e mostrando uma presença de palco carismática que fez todos se sentirem parte do espetáculo. Não à toa, foi ovacionada diversas vezes, sendo chamada carinhosamente de “pastora”, devido às suas vestimentas características.

O mesmo se repetiu em “Rest Calm”, que trouxe um peso cadenciado sem perder o lirismo característico. O instrumental arrebatador de “Last of the Wilds” deu um momento de respiro à vocalista. Foi então que o show ganhou uma dimensão intimista. Sentada ao lado da banda, Anette interpretou “Eva” e “Turn Loose the Mermaids” em um momento mais acústico. Essas canções mostraram outra faceta de sua arte: uma expressão delicada, emocional e próxima da audiência. Foi um instante de contemplação, como se todos partilhassem de uma experiência única e pessoal ao lado da cantora.

Um dos pontos altos veio com “Sahara”, que contou com a participação especial da vocalista Lya Seffrin, da banda Magistry. A química das duas vozes foi intensa e enalteceu a música, arrancando aplausos calorosos e gritos do público. Logo depois, Anette mergulhou em interpretações impressionantes de “The Poet and the Pendulum” e “Meadows of Heaven”. Faixas longas, repletas de camadas e emoção, que demonstraram não apenas a versatilidade da cantora, mas também sua entrega completa à performance. O encerramento não poderia ser mais memorável: “Last Ride of the Day”, cantada enquanto Anette vestia uma bandeira do Brasil.

Foi o gesto perfeito para selar a noite e agradecer ao carinho dos fãs, que acompanharam cada verso com felicidade e gratidão. Ao fim, ficou claro que o show não foi apenas nostalgia, mas uma reafirmação da força de Anette Olzon como artista, mostrando que sua trajetória pós-Nightwish continua viva no coração dos brasileiros que a receberam de braços abertos. Vale mencionar que, ao se despedir, Filipe Duarte (baixista) fez questão de enaltecer e lembrar que a data marcava um ano da partida do grande Pit Passarell, do Viper.

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