Em plena quinta-feira, para um Cine Joia lotado, a banda Amyl And The Sniffers fez seu primeiro show solo no Brasil. A banda é formada pelos australianos Amy Taylor no vocal, Declan Mehrtens  na guitarra, Gus Romer no baixo e Bryce Wilson na bateria. Além desse show, a banda acompanha o grupo Offspring no festival Punk Is Coming em diversas cidades do país. 

O público de todas as idades se espremiam para conferir o que o grupo, que já recebeu elogios até de Liam Gallagher, tinha a mostrar. A abertura ficou por conta da banda Klitoria de Niteroi. Com sua mistura autoral de garage rock e punk e formada na sua maioria por mulheres, mostrou ser uma escolha acertada para aquecer o público para o que estava por vir.

Amy e o poder feminino do punk

Antes das nove da noite, Amy entrou no palco com seu cabelo esvoaçante estilo Dolly Parton, que a cantora já se declarou fã. Assim, com toda essa energia contagiante o público começou a fazer vários moshs. Mas, quando tocaram ”Doing in Me Head” e logo na sequência “Security” , o Cine Joia foi à loucura. Amy conversava com o público, dançava e mostrava todo o poder feminino no punk. A banda toda parecia se divertir muito. 

O setlist apesar de ter mais músicas do último álbum, Cartoon Darkness (2024), mesclou algumas faixas dos outros discos, Amy And The Sniffers (2019) e Comfort to Me (2021). A música “Got You” foi dedicada às mulheres. A cantora pediu para os presentes ensinarem palavrões em portugues. Além disso, falou de assuntos políticos, inclusive puxou alguns xingamentos para Donald Trump, Elon Musk e Putin. 

Já para o fim do show, a banda apresentou os sucessos do último disco “Big Dreams” e “U Should Not Be Doing That”.  Para o bis, Amy voltou com a música do primeiro disco  “Balaclava Lover Boogie” e “Facts”.

Por fim, todos saíram de lá com a sensação de ter visto um show histórico. A banda com nove anos de carreira mostrou uma performance visceral e energética. Amyl And The Sniffers deixou claro porque é uma das bandas mais faladas do punk moderno.

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Desde a infância teve a música como parte fundamental da vida. Como nunca teve talento pra música, escreve. Constantemente em busca de novos sons, mas nunca esquece os clássicos. Apaixonada por shows, sempre dá um jeito de ir mesmo morando no interior.