Foto por: Rafael Strabelli

Na noite do dia 31 de Outubro, o Megadeth iniciou sua turnê Dystopia World Tour no Brasil com um show em São Paulo no Espaço das Américas.

A casa, que tem capacidade para 8.000 pessoas, estava quase lotada, ao menos quando Dave Mustaine, Kiko Loureiro, David Ellefson e Dirk Verbeuren subiram ao palco.

Às 21h30, entrou a banda convidada para acompanhar o Megadeth em uma noite muito esperada pelos fãs de Metal, Vimic.

Liderada pelo co-fundador e ex-baterista do Slipknot, Joey Jordison, o grupo mostrou força e dedicação ao tentar animar a plateia.

O vocal de Kalen Chase, o baixo de Kyle Konkiel, as guitarras de Jed Simon e Steve Marshall e o teclado de Matt Tarach trabalham em ótima sintonia com a bateria de Joey Jordison, a estrela da apresentação.

Entre músicas, Jordison levanta de seu banco para observar a plateia e mantê-la animada, sendo sempre acolhido com gritos de animação.

Com uma hora de show, os fãs são totalmente conquistados apenas quando Chase tenta a sorte no português, agradecendo todos e chamando a última música do set.

Ao se juntar a Jordison enquanto ele entrega um ótimo solo de bateria, a banda se despede do público e logo deixa apenas o baterista no palco. Entre agradecimentos e gritos de animação, a plateia se prepara para o Megadeth.

Quando o relógio bate 22h10, o telão se acende com imagens do álbum Rust In Peace de 1990 e o Megadeth inicia seu show com a faixa “Hangar 18”.

O vocalista Dave Mustaine é o que mantém a banda, é o músico que faz tudo acontecer, porém assim que Kiko Loureiro surge sob o holofote e faz seu primeiro solo, a plateia se mostra emocionada, afinal o brasileiro faz parte de uma das maiores bandas de Thrash Metal do mundo.

Kiko, apesar dos seus grandes solos, se manteve tímido e não conversou com a plateia em momento algum. Mas isso não pareceu incomodar os fãs que não pouparam fôlego ao pular todos os segundos da apresentação.

“In My Darkest Hour” e “Tornado Of Souls” foram os maiores momentos do guitarrista. Deixando de lado Mustaine, Kiko deixou todos orgulhosos e felizes por estarem lá.

O frontman foi quem fez todo o agradecimento em nome da banda. “Vocês estão tão bonitos quanto da última vez”, ele disse. Dessa vez, ele não economizou nos hits e deixou um pouco de lado seu último álbum Dystopia, tocando apenas duas faixas do disco lançado em 2016.

A faixa que carrega o nome do último disco uniu os fãs veteranos e os principiantes em uma onda de animação. Mustaine aproveitou o momento para agradecer a todos pelo Grammy, prêmio que a banda recebeu recentemente pela música. “Vocês fizeram isso acontecer. Obrigado!”

Após um solo de Kiko e Mustaine juntos, os fãs achavam que não podiam mais ser surpreendidos com a incrível execução do show, e então a banda tocou as primeiras notas de “Mechanix”, faixa que gerou muita atenção por ter sido escrita originalmente quando o vocalista fazia parte do Metallica.

Aproximando-se no final, celulares são trocados por air guitars e muita gritaria. “Peace Sells” foi cantada até o último suspiro, deixando todos desejando não ser o final.

Enquanto a banda não voltava ao palco para o bis, a plateia ovacionou o brasileiro Kiko sem parar. O primeiro a retornar foi Mustaine que, apesar de parecer enciumado, pediu mais gritos para Kiko e esperou a plateia cessar.

Os primeiros segundos de “Holy Wars… The Punishment Due” já declararam o final do show que, apesar de curto, deixou todos seus fãs satisfeitos. Ao despedir-se do público, Mustaine prometeu retornar em breve. “Faremos um novo álbum e com certeza voltaremos aqui. Nós queremos vê-los novamente!”

Confira nossas entrevistas com David Ellefson e Joey Jordison.

Setlist do Megadeth em São Paulo:

1. “Hangar 18“
2. “The Threat Is Real“
3. “Wake Up Dead“
4. “In My Darkest Hour“
5. “Trust“
6. “Take No Prisoners“
7. “Sweating Bullets“
8. “She-Wolf”
9. “Skin O’ My Teeth“
10. “A Tout Le Monde“
11. “Tornado of Souls“
12. “Dystopia“
13. “Symphony of Destruction“
14. “Mechanix“
15. “Peace Sells“
BIS
16. “Holy Wars… The Punishment Due“

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