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Quando ele era bebê e chorava, eu cantava baixinho melodias do Maiden, do Metallica e outras bandas para acalmá-lo.”

por Diego Demarchi Fernandes

A influência exercida pelos pais em seus filhos é enorme. Pode ser na paixão por um clube de futebol, na decisão de sua carreira profissional, ideologias políticas, religião e é claro, na paixão pela música. E é essa paixão pela música, em especial ao Metal que tratarei neste primeiro texto que escrevo para o Wikimetal.

Quando era criança, não me lembro de meus pais ouvirem música em casa com frequência, portanto, não houve essa influência dos meus pais no meu gosto por Metal. Surgiu mais como curiosidade na minha adolescência, já que na escola onde estudava, os caras mais legais usavam camisetas pretas de bandas como Judas Priest e Black Sabbath. E essa paixão de 17 anos pelo Metal só não é maior que o amor que tenho pelo meu filho.

Quando meu filho nasceu foi a maior emoção da minha vida. Quando ele era bebê e chorava, eu cantava bem baixinho melodias do Maiden, do Metallica entre outras bandas para acalmá-lo. E isso sempre deu certo! O tempo foi passando e sempre que eu colocava algum álbum para ouvir, pegava ele no colo e ficava mostrando a capa, os desenhos, falando o nome da banda, explicando do que as músicas falavam. E ele sempre com os olhinhos impressionados.

Ele, com a voz bem baixinha: ‘Eu não gosto de Galinha Pintadinha. Eu quero ouvir Metallica'”

Até que em 2010 (ele então com 2 anos de idade), assistimos juntos o DVD “Holy Live” do Dio, que acabara de falecer. Expliquei para ele que aquele senhor que estava cantando havia falecido, mas que as músicas dele ficariam para a eternidade. Acho que na hora ele não entendeu muito bem tudo o que falei, mas aquele DVD mudaria nossas vidas. No dia seguinte, ao chegar em casa do trabalho, ele estava segurando o DVD esperando para assistir novamente. E isso foi se repetindo durante vários dias até ele aprender a ligar sozinho o aparelho de DVD de casa e colocar os DVD’s do Iron Maiden, Metallica, Europe, Queen, etc.

Surgiram então alguns agradáveis problemas. Ele ficava em casa com minha sogra cuidando dele durante o dia enquanto minha esposa e eu trabalhávamos. Ao chegar em casa, ele estava segurando uma guitarra de brinquedo imitando tudo que os músicos faziam, como gritos, pulos e cuspes! Meus DVD’s ficavam espalhados pela sala e os riscos (no DVD) eram inevitáveis. Mas ao mesmo tempo que não gostava da bagunça, eu era tomado por uma sensação única de orgulho. Meu filho gosta das mesmas coisas que eu.

No último dia das crianças ele precisou ficar internado devido a uma pneumonia, e durante uma das visitas dos Doutores da Alegria” perguntaram para ele qual música da Galinha Pintadinha ele gostaria de ouvir. Ele, com a voz bem baixinha disse para espanto dos palhaços “Eu não gosto de Galinha Pintadinha. Eu quero ouvir Metallica”. Nesse momento, mais uma vez meu filho me deixou orgulhoso. Uma das médicas vestida de palhaça precisou acessar o YouTube pelo celular e colocar uma música para ele ouvir.

Hoje ele está próximo de completar 5 anos e nossa conexão está cada dia mais forte. Talvez quando ele crescer comece a gostar de outros estilos de música e deixe de gostar de Metal, mas por enquanto acredito que estou educando ele da melhor forma possível e, cada vez que ele pede para assistir a algum DVD, me enche de orgulho.

*Este texto foi elaborado por um Wikimate e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.

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